terça-feira, 28 de abril de 2015

Com cem milhões de jogadores, "World of Tanks" se arma pra invadir o Brasil



A Polônia, no Leste Europeu, foi um dos países mais devastados pela 2ª Guerra Mundial. Por isso, a princípio pode soar estranho que a capital, Varsóvia, tenha sido palco, pela segunda vez consecutiva, da final mundial de "World of Tanks", um jogo online de batalhas entre tanques históricos com mais de 100 milhões de jogadores espalhados pelo mundo.
Não por acaso, o campeão do torneio foi a Hellraisers, um time da Rússia, país onde "World of Tanks" faz mais sucesso. No embate final, a equipe fez 7 a 1 - placar que ainda arrepia os brasileiros - contra os chineses da EL Gaming, embolsando US$ 150 mil.
Agora a Wargaming, empresa bielorrussa responsável por "World of Tanks", se prepara para invadir o Ocidente, incluindo o Brasil, onde "World of Tanks" já possui uma versão no idioma local. As promessas, no entanto, vão além: num país sem cultura militar e onde o eSport é dominado basicamente por "League of Legends", shooters online e alguns postulantes, como "Smite" e "DotA 2", "World of Tanks" diz que vem pra ficar.
Passo a passo no Brasil
A Wargaming, que possui 4.000 funcionários e 16 escritórios espalhados pelo mundo, ainda decide se vai abrir um por aqui: "O Brasil é grande, mas não é um mercado fácil. Você tem que saber como conduzir seus negócios por lá e somente agora temos recurso para fazer disso um passo oficial", explica Victor Kislyi, CEO da Wargaming.
Por enquanto, a operação em território brasileiro é tocada dos Estados Unidos, onde, aliás, estão também os servidores do jogo. "O objetivo principal é ter servidores locais, mas para isso é preciso montar uma operação local", diz Chris Cook, diretor de comunicações para as Américas.
A empresa prefere conduzir sua entrada no mercado nacional passo por passo, e o primeiro deles será apresentar "World of Tanks" na XMA Mega Arena, evento que começa nesta sexta-feira (30) em São Paulo. Numa área de 200 metros quadrados e com 30 PCs, o público vai poder dar seus primeiros tiros no jogo.
Equipes estruturadas, patrocínios, torneios oficiais e todo o circo que envolve o eSport? Para a Wargaming, é questão de tempo: "As pessoas [no Brasil] conhecem o jogo, mas não ainda aos milhões", admite Cook. "Para introduzi-lo como eSport é preciso começar pequeno, construir uma comunidade e uma base de jogadores e, conforme o crescimento, aumentar o investimento".
A atuação dos brasileiros no eSport de "World of Tanks", no entanto, já começou: uma equipe local, a Timed Out Gaming, tentou uma das vagas para o Mundial – para efeitos de classificação, os times nacionais pertencem à região da América do Norte -, e por pouco não conseguiu.

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