quinta-feira, 2 de abril de 2015

Remasterizar é moda: jogos ganham banho de loja para vender um pouco mais



Um dos principais lançamentos do PlayStation 4 em 2015 é "God of War III". O jogo de ação foi um dos primeiros grandes títulos do PS3 e trouxe muita ação e gráficos incríveis para o console da Sony... em 2010. Mas agora traz um visual um tanto melhor e permite que o jogador tire fotos e compartilhe em redes sociais.
Em 2014, uma das maiores apostas da Microsoft para o Xbox One foi"Halo: The Master Chief Collection", coletânea com 4 jogos da série "Halo" que, além de um modo multiplayer desapontador - e impossível de jogar! - trouxe um dos jogos, "Halo 2", totalmente remasterizado. O PS4 também recebeu sua versão remasterizada de um sucesso "do passado": "The Last of Us", melhor jogo do PS3 no ano anterior.
Um dos maiores sucessos de vendas tanto no PS4 quando no Xone é"GTA V", outro grande jogo... lançado em 2013 para PS3 e X360.
Com tanta remasterização e "versão HD", fica difícil defendes os jogos de quem os chama de "indústria do mais do mesmo", né?
Remasterizar é preciso?
A moda dos jogos remasterizados surgiu em meados da geração PlayStation 3 e Xbox 360, quando os jogos deram o salto gráfico para a alta definição. Foi quando apareceram jóias como "Metal Gear Solid Essential Collection" e "Ico & Shadow of Colossus", coletâneas que trazem verdadeiros clássicos dos games para telas maiores (e melhores) do que as antigas TVs de tubo.
Naquela época, a remasterização até era vista com bons olhos, ao resgatar clássicos do passado e oferecer uma experiência melhorada, mais rica em detalhes tanto para os recém-chegados quanto para os veteranos calejados. Hoje, a diferença visual não é tão gritante. Não dá para chamar um jogo de PS3 remasterizado para PS4 de "versão HD", afinal, o produto original já está em alta definição.
Melhoram sim as animações (os famigerados quadros por segundo) e geralmente o game sai acompanhado por conteúdos extras, como já rolava antes nas edições 'jogo do ano'. Em alguns casos louváveis, o game recebe uma bela adição de conteúdo extra e bem vindas correções para falhas da versão original. Em outras, é só um tapa para uma resolução maior, que dá um ar bem caça-níquel para o "lançamento".
Tem que fazer direito
Remasterizar não é ruim, é uma prática que aumenta a vida útil de um jogo, assim como o alcance com um público maior (quem tinha Xbox 360 e comprou um PS4, por exemplo, pode jogar "The Last of Us"no novo console). Também é uma forma das produtoras ganharem um dinheiro rápido no começo de um novo ciclo de consoles, alavancando com esses ganhos as novas e inéditas superproduções.
Mas antes de entrar nessa moda, é bom o estúdio se questionar: Será que vale a pena? O que poderia ser melhor nesse jogo, já que vamos mexer com ele de novo? Refazer um jogo não é errado, se for para oferecer um resultado melhor. O que não vale é cair na armadilha do "mais do mesmo".
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