quinta-feira, 23 de abril de 2015

"Queremos ser o Barcelona do 'League of Legends'", diz manager da INTZ



Os times importam jogadores, trazem técnicos de fora. Há uma categoria de base, há a primeira divisão e os campeonatos internacionais. Os jogadores moram juntos, vivem em concentração intensa na época das partidas mais importantes. Futebol? Não, “League of Legends”.
É comum comparar “League of Legends” com futebol, principalmente para explicar o game para os leigos. “É a melhor analogia, sempre funciona e todos entendem”, comenta Lucas Almeida, manager do time INTZ em conversa.
“Eu faço analogias com futebol o tempo todo, até mesmo nas conversas com o time”, conta Lucas, que reconhece, porém que nem sempre os jogadores entendem de cara a comparação. “Eles não torcem para time nenhum, durante a Copa do Mundo preferiam ver replays de partidas de ‘LoL’ aos jogos do Brasil”.
Com um investimento elevado no eSport, a INTZ conta hoje com 45 jogadores (não só de “League of Legends”, mas de “Smite”, “Counter Strike GO” e outros games). “Temos times de tudo que é competitivo, mas ‘League' é o carro chefe”, diz Lucas. Entre jogadores, técnicos e outros, a empresa conta com cerca de 70 funcionários.
Curiosamente, a INTZ não tem nenhum jogador estrangeiro, apenas o recém-contratado técnico Alexander "Abaxial" Haibel. Lucas reconhece que a presença de coreanos em times brasileiros aumenta o nível da competição, mas com ressalvas.
“O que eles aprendem no Brasil, levam embora quando voltam para a Coreia. Com um técnico de fora, ele vai agregar ao jogo do nosso time e eles vão aprender novas estratégias. Vão se fortalecer”, diz Lucas.
“Não queremos ser o Real Madrid, queremos ser o Barcelona”, compara o manager em uma inevitável analogia com o futebol. “Ao invés de reunir craques de vários países, preferimos aprimorar os nossos jogadores, criar nossos próprios craques”.
eSport FC
Associar futebol e “League of Legends” não é algo que fica só no campo das comparações. Na Turquia, o principal time de “LoL" é o Besiktas - que faz parte de um dos principais clubes de futebol de Istambul.
No Brasil, a INTZ já conversou com alguns clubes. “É preciso convencer os clubes de que assim vão atrair fãs para a marca, atrair um novo público para o clube de futebol”, diz Lucas, que não entra em detalhes sobre os possíveis parceiros futebolísticos.
Até o momento, porém, a conversa não rendeu frutos. “Envolve muita negociação pela licença da marca”.
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