segunda-feira, 11 de maio de 2015

"Farmville" e cia: após bombar no Facebook, jogos sociais perdem adeptos



Nos primórdios do Facebook, mais do que compartilhar memes, curtir fotos dos amigos ou dizer o que estava pensando, usava-se a rede social de Mark Zuckerberg para jogar. Basta dizer que, em 2009, 20% dos usuários do Facebook jogavam "Farmville", época em que os chamados jogos sociais começavam a despontar com força - inclusive no finado Orkut.
Hoje, contudo, a realidade é bem diferente: de acordo a Superdata, em março os jogos sociais registraram queda de 10% no faturamento em relação ao mesmo mês em 2014. Para a empresa, especialista em pesquisas sobre o mercado de games, o entusiasmo pelos jogos sociais parece estar cedendo espaço aos jogos para tablets e smartphones.
É bem verdade que títulos como os da série "Candy Crush" ainda mantêm acesa a chama dos odiáveis convites para jogar que pipocam em nossos Inbox de vez em sempre, mas nos últimos anos empresas outrora gigantes dos jogos sociais, como Vostu, Mentez e Playfish, sumiram do mapa.
O caso mais emblemático, porém, é o da Zynga, que deu vida a clássicos como "Mafia Wars" e o inesquecível "Farmville", este último chegando a registrar mais de um milhão de jogadores por dia. Em 2011, a empresa fez a sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), e captou mais de US$ 1 bilhão.
Do céu ao inferno, a trajetória foi espantosamente rápida: meses após chegar a US$ 14,50 as ações já estavam em US$ 2. Dali em diante, executivos importantes deixaram a Zynga, escritórios fecharam e centenas de demissões ocorreram – a leva mais recente, de 364 pessoas (ou 18% dos funcionários) aconteceu esta semana. Até mesmo o Facebook deixou de tratar a Zynga com o carinho especial do passado.
Para tentar se reerguer, a empresa mudou o foco para smartphones e tablets, mas não conseguiu um sucesso sequer parecido ao de "Farmville" – nem mesmo a sequência do clássico, com gráficos 3D e tudo mais, se saiu muito bem. No final de 2014, o faturamento da Zynga foi 13% menor em relação ao mesmo período do ano anterior, num prejuízo de US$ 57 milhões.
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